Notícia
Pix automático: Entenda como funciona a novidade e quais são os alertas para se prevenir de golpes
O Pix Automático é a nova funcionalidade da modalidade, que permite pagamentos recorrentes a empresas, de forma programada e sem necessidade de autorização a cada transação
O “Pix Automático” é a nova funcionalidade da modalidade, que permite pagamentos recorrentes a empresas, de forma programada e sem necessidade de autorização a cada transação. A novidade traz praticidade para consumidores e agilidade para empresas, mas também acende um alerta sobre riscos de golpes e fraudes digitais. Segundo o Relatório de Identidade e Fraude 2025 da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, o Pix já é um dos meios de pagamento online mais utilizado em compras online, sendo citado por 59,6% dos consumidores. Esse destaque também o torna um alvo recorrente de cibercriminosos.
Entre as fraudes já vivenciadas pelos consumidores, “pagamento de boletos falsos ou transferências Pix indevidas” foi a relatada como mais recorrente (32,8%). Já quando o assunto é medo de golpes, as fraudes com transferências via Pix preocupam 16,9% dos brasileiros, ficando atrás apenas do vazamento de dados pessoais e do uso indevido de cartões de crédito.
Com a chegada do Pix Automático, que funciona de forma semelhante ao débito automático tradicional, é importante redobrar a atenção. A autorização é feita uma única vez pelo usuário, diretamente no aplicativo bancário, e as cobranças ocorrem de maneira recorrente conforme os parâmetros definidos como valor, periodicidade e limites. Esse modelo pode ser explorado por golpistas, que usam técnicas de engenharia social para induzir ao aceite de cobranças falsas. Além disso, há o risco de vazamento ou uso indevido de dados pessoais, especialmente em contextos em que o consumidor é levado a inserir informações sensíveis em sites ou aplicativos falsos.
Além da atenção dos consumidores, o combate às fraudes no Pix também depende da atuação direta das empresas e instituições financeiras. Cabe a elas a adoção de ferramentas eficazes de autenticação, verificação de identidade e monitoramento de transações para garantir segurança. A exposição a golpes pode gerar não apenas prejuízos financeiros, mas também danos à reputação das marcas em um ambiente cada vez mais sensível à confiança digital.
“A cada nova tecnologia, se faz necessária uma nova maneira de educar a população – por isso, a conveniência do Pix Automático vem acompanhada de um dever de atenção. Os usuários precisam estar atentos ao ambiente digital e às tentativas de fraude que evoluem junto com a tecnologia”, reforça o Head de Inovação e Projetos de Prevenção a Fraude, Marcelo Queiroz. “E as empresas, por sua vez, devem assumir um compromisso constante com a inovação em segurança digital, garantindo que novas funcionalidades sejam implementadas com protocolos que inibam ações fraudulentas desde o início”, completa.
Desde seu surgimento, o Pix segue como uma ferramenta essencial para a digitalização dos pagamentos, o que exige educação digital e boas práticas de segurança por parte dos consumidores e responsabilidade compartilhada com os fornecedores de serviços financeiros. Abaixo, a Serasa Experian separou dicas para o uso do Pix Automático com segurança:
- Atenção à origem da cobrança: só autorizar Pix Automático se tiver absoluta certeza sobre a identidade da empresa e da finalidade do pagamento.
- Usar apenas o app oficial do seu banco para autorizações. Nunca clique em links recebidos por SMS, e-mail ou redes sociais.
- Evitar ofertas com apelo emocional ou preços muito abaixo do mercado, pois são frequentemente usadas para enganar consumidores e induzir ao cadastramento em cobranças falsas.
- Ativar notificações em tempo real no aplicativo bancário para acompanhar cada transação.
- Verificar regularmente seu extrato e revise autorizações de débito automático no aplicativo.
- Em caso de cobrança indevida, usar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), previsto pelo Banco Central, para contestar transações via Pix o mais rápido possível.
Para as empresas, as recomendações são:
- Implementar autenticação em múltiplos fatores para aprovações de transações recorrentes via Pix Automático, dificultando ações fraudulentas sem comprometer a fluidez e a experiência da jornada do cliente;
- Educar os clientes sobre o funcionamento seguro do Pix Automático, com comunicações claras nos canais oficiais e tutoriais dentro do app;
- Monitorar padrões de comportamento para identificar irregularidades no uso de autorizações de Pix recorrentes, como mudanças abruptas de valor ou periodicidade, usufruindo de soluções antifraude;
- Utilizar inteligência de dados e machine learning para detectar tentativas de fraude logo no início da jornada digital do cliente;
- Criar fluxos de verificação de identidade mais rigorosos no momento da adesão ao Pix Automático, como reconhecimento biométrico e validação documental;
- Ativar alertas em tempo real e notificações push sobre autorizações e cobranças automáticas, aumentando a transparência com o cliente;
- Promover campanhas de conscientização sobre golpes comuns, como sites falsos e engenharia social, em datas comerciais de alta movimentação;
- Revisar constantemente as permissões e limites operacionais do Pix Automático, assegurando que estejam em linha com práticas seguras do setor.