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Trabalho presencial: produtividade ou perda de talentos?

Empresas retomam o modelo 100% presencial, mas especialistas alertam: rigidez pode comprometer produtividade, engajamento e retenção de talentos

De acordo com levantamento da Catho, 69% das empresas no país pretendem adotar esse regime ainda este ano. O movimento reflete uma percepção que continua forte entre gestores: a de que a presença física garante maior integração entre equipes, melhora o desempenho e acelera a tomada de decisões. Nesse contexto, muitas organizações e escritórios têm retomado seus espaços físicos e reorganizado suas estruturas para receber novamente os colaboradores.

Produtividade e limites do trabalho remoto

A questão, no entanto, está longe de ser simples.
É preciso reconhecer que, em determinadas atividades, o trabalho remoto pode gerar perdas — especialmente em funções que exigem interação contínua, decisões rápidas, colaboração intensa ou atendimento direto ao público. Nesses casos, a presença física segue relevante e pode ser determinante para o desempenho coletivo.

Por outro lado, o home office exige disciplina, foco e maturidade. Trabalhar de casa não pode ser confundido com um “day off” ou com o momento para resolver pendências pessoais. Essa percepção equivocada, ainda presente em parte do meio corporativo, acaba prejudicando a imagem do trabalho remoto, colocando em desvantagem profissionais que exercem suas funções com seriedade e responsabilidade.

O custo da rigidez: perda de talentos

Apesar das vantagens operacionais do presencial, não se pode ignorar a resistência crescente à perda de flexibilidade.
Pesquisas internacionais apontam que 27% dos trabalhadores consideram trocar de emprego caso sejam obrigados a abandonar o home office.

No Brasil, um estudo da IWG reforça essa tendência:

  • 71% dos profissionais afirmam que recusariam vagas que exigem longos deslocamentos;

  • 72% só aceitariam oportunidades que oferecessem algum grau de flexibilidade.

Esses dados mostram um ponto sensível: enquanto as empresas buscam proximidade e desempenho, correm o risco de afastar os talentos mais disputados — especialmente os jovens que priorizam autonomia, equilíbrio e qualidade de vida.

Em outras palavras, o desejo das companhias por performance pode acabar produzindo o efeito oposto, aumentando a rotatividade e enfraquecendo o engajamento.

O caminho do meio: o modelo híbrido

Diante desse cenário, modelos rígidos parecem anacrônicos.
O trabalho híbrido desponta como a alternativa mais equilibrada, permitindo que a convivência presencial seja utilizada de forma estratégica, sem abrir mão da flexibilidade que os profissionais tanto valorizam.

Mesmo a concessão de um único dia de home office por semana pode representar um diferencial competitivo importante, conciliando as necessidades de integração das empresas com o desejo de autonomia dos colaboradores.

Essa abordagem favorece não apenas a produtividade, mas também a retenção de talentos e a sustentabilidade das relações de trabalho, reduzindo o desgaste emocional e o turnover — problemas que têm custado caro às organizações.

Bom senso como ferramenta de gestão

Em última análise, o desafio das empresas está em adotar o bom senso como política de gestão.
Trata-se de unir a disciplina e a responsabilidade do trabalho remoto com a força da interação presencial, construindo um modelo de produtividade mais humano e sustentável.

O futuro do trabalho não está em extremos — está no equilíbrio entre flexibilidade e compromisso, entre confiança e resultado.

E é justamente nesse ponto de convergência que o RH e as lideranças encontrarão a chave para reter talentos e fortalecer a cultura organizacional em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico.